E eu o amo...

AMO Michael Jackson desde os 8 anos de idade.
Sim, eu comecei a admirá-lo no tempo que ele estava passando por acusações e mais acusações. Mas não me perguntem por que amo MJ, que eu não sei. Eu gostei dele (o homem, a pessoa), gostei das músicas dele, e me tornei fã. Simples, não? Justamente nesse tempo que eu me mordia de inveja quando via alguém perto dele. Eu não sabia o que tava acontecendo, mas eu tava fissurada naquele cara... Vendo ele dançando, eu nem piscava (não porque eu não quisesse: era inconciente, mesmo). Adorava quando ele fazia um Moonwalker, e inclusive, lembro que por um tempo, eu jurava que ele tinha rodinhas em baixo dos sapatos (anos depois, lendo "A Magia e a Loucura", fiquei sabendo que ele pensou o mesmo do primeiro cara que ele viu fazendo o passo!) Eu sabia todas as músicas na ponta da língua...
Eu lia tudo o que encontrava sobre ele, e ficava p*** quando alguém falava mal dele, a ponto de brigar, xingar essas pessoas - tal como sou até hoje. Sempre aviso: não falem mal de MJ perto de mim!
Já ouvi, inclusive, comentários: "Se a Kamilla fosse presidente do país, até falar que MJ é feio ía ser crime!" E a meu ver, não há exageros nessa frase. Eu odiava que falassem um "a" contra ele. Eu odiava piadas de mal gosto com o nome dele... e o por que disso? Porque eu o amava...


"Eu o amava": Para muitos, não fazia algum sentido: Michael Jackson nem sabia quem eu era! Creio que ele jamais tenha ouvido a combinação de nomes "Kamilla + Gentilli" durante toda sua vida. Como eu poderia amá-lo tanto?
A verdade é que eu não fazia parte da vida dele. Mas ele fazia parte da minha. Ele foi parte de grande parte da minha vida! Ele era (É!) importante para mim e eu o amo! Me emocionava a cada "I LOVE YOU" dele, dirigido aos fãs... Eu sabia cada música dele na ponta da língua... As luvas e meias brancas faziam meus olhos brilharem; Os sapatos que desafiavam as leis da física me fazia sorrir até mesmo nos momento mais tristes. Suas canções lideravam (e ainda lideram) meu play list particular. Jogar o chápeu para um lugar que eu nem me importava pra onde era... aquilo era tudo para mim! Mais do que fazer parte da história da música, ele fazia parte da história da minha vida! Eu sabia que ele era o melhor! Ele era o melhor em tudo o que fazia... e o melhor de tudo, pra mim, é eu pude entender isso!


E finalmente eu encontro a resposta para a pergunta inicial, a qual eu havia dito não saber a resposta: "por que amo MJ?": é porque não poderia ser diferente. Comecei a admirá-lo em um dos piores momentos para ele porque consegui enxergar o ser humano e o grande artista por trás daquele homem, que esperou um julgamento calado, mesmo sendo inocente. Umas das unicas frases que lembro dele ter dito a respeito disso foi: "a verdade prevalece". Ele tinha razão. Eu pude compreender que Michael era grande como artista, mas como ser humano ele era muito maior. Eu entendia como ele queria curar o mundo, e o que ele fazia pra fazer pessoas felizes. Infelizmente, pouca gente reconheceu isso, e muita gente o julgou e ainda o julga mal. E era exatamente isso que eu não podia tolerar. Por isso a minha ira a qualquer um que falasse contra ele: eu podia entender quem ele realmente era, e eu só queria que os outros entendessem isso também.

Eu só não podia entender como a vida é tão injusta.

Mas a vida é realmente injusta e imprevisível e no dia 25 de junho/2009 ele se foi... :'( Eu não pensei que ele iria assim, tão de repente... Senti perder uma parte de mim. Uma das melhores partes de mim.

O homem se foi, mas o legado ficou. O legado de um ser humano incompreendido, mas que conseguia compreender a todos. O legado do garoto preso no corpo de um homem adulto (e que belo homem adulto!'). O legado do rei, que nunca deixou de ser "o pequeno príncipe".





"E o principezinho respondeu: - quando olhares o céu de noite, saberás que estou habitando uma das estrelas, e estarei sorrindo! Então, será para ti como se todas as estrelas sorrissem! E só terás estrelas que sabem sorrir!" (O Pequeno Principe)


por Kamilla Gentilli
dedicado à kαuαnn̲̲̲α